quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Sobre o horário político...

Hei você, pode estar pensando como o seu candidato fala bem, têm respostas prontas, sabe se comportar e tem habilidade com o português.
Talvez você não saiba, mas tudo isso não passa de um belo trabalho de articulação e desenvolvimento de um grande profissional: o Marqueteiro político.
Confesso que escrevo aqui com a vontade de desabafar.
Gosto de ver o horário político umas duas vezes por semana, para saber qual o programa de governo, propostas e com isso analisar e decidir com base em todas essas coisas, em quem votar.
Mas está tudo tão vago.
Embora tenha sim, dado algumas risadas com “o Tiririca Carlos”, a risada passou no momento em que me lembrei que aquilo não era humor. E sim um horário reservado, para candidatos fazerem propostas que irão decidir nosso futuro nos próximos quatro anos.
Senti uma indignação e uma vergonha alheia. O que esperam de nós, senhores?
É constrangedor ver toda essa palhaçada em um horário que deveria ser sério. Mas ainda, ver candidatos parecendo crianças com o famoso “Belém, Belém nunca mais estou de bem, até semana que vem”.
Ficam falando mal um do outro. Cadê o foco?
Não estou conseguindo enxergar o plano de governo. Estou assim “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come” ... não defini nada até agora!
Senhores marqueteiros, a quem admiro tanto. Não me decepcionem. Coloquem esses candidatos no rumo certo de uma candidatura.
Por favor.
"Vejam o que eles falam na Tv, não é sério, não é sério"!
Que bifões!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Preocupar-se...

Preocupar-se, pré-ocupar com coisas que ainda não aconteceram, ou estão acontecendo e que muitas vezes parecem impossíveis de mudar.
Pré-OCUPO COM fatos que muitas vezes não chegam a acontecer.
Por que perder o sono? Para quê adquirir rugas e cabelos brancos antes do tempo?
E quem consegue ser despreocupado?
Procurar soluções requer atitudes que vão além do pensamento.
Hoje acordei assim, com vontade de mudar tudo. A começar por mim.
Que o novo não me assuste e que o velho me abandone!
É a prece de HOJE!
“Confie em si mesmo, quem acredita sempre alcança...”
"Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8.31)

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Amarelo e verde: ás contradições

Antes de iniciar esse texto, por favor, não sou da esquerda, nem da direita: sou brasileira.
Tenho notado meu Feed de notícias (o jornal do povo), todo verde e amarelo.
É gente com camisa brasileira de camelô para tudo que é lado.
Inclusive a minha também é. (Não tenho dinheiro para comprar a original).
Até pouco tempo muita gente achou que era a nova geração dos “caras pintadas”. Todo mundo (modo de dizer) protestando contra a copa, falando mal de futebol, dizendo que aqui não precisava de copa. Chamando a população de alienada. Porque esse protesto todo é que era real.
A nata da sociedade.
E de repente...
O protesto passou a ser reunião para trocar figurinha.
A copa encantou e todo mundo virou os caras pintadas de verde e amarelo.
E amarelou tudo.
E ai vai uma lição: cuidado com o que diz, pode ter que morder a língua.
Como as pessoas mudam de opinião devido às circunstâncias.
Enfim, rumo ao HEXA!
Vamos ser campeão! (é o que espera o Brasil todo: os protestantes e os alienados).
E VAMOS APRENDER A VOTAR... POR FAVOR!
Vaiar não muda o país.
É isso.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Aos ciclos da vida...

A vida é feita de ciclos. Finda um, inicia-se o outro.
Algumas vezes iniciar um ciclo novo traz felicidade, outras vezes dor.
Começamos a vida em um ciclo. Somos de início um óvulo fecundado, que aos poucos vai ganhando forma humana e quando terminamos esse ciclo, nascemos.
Iniciamos o ciclo da vida no mundo. É preciso a dor para isso. Não deve ser fácil deixar o conforto da barriga da mãe, com toda proteção que temos. Mas é preciso nascer. E DIANTE disso temos nosso primeiro aprendizado, é preciso cortar. Cortar o cordão do que nos prende ao ciclo anterior.
E vamos vivendo de ciclos. Ciclo do tempo de bebê, ciclo da infância, da adolescência, da juventude, da vida adulta, da terceira idade. Até que nosso ciclo de vida termine.
Vamos vivendo cada fase. Sem ao menos nos darmos conta de que toda essa evolução na nossa vida dá-se justamente por termos ciclos.
E COMO é difícil viver ciclos. Entender os ciclos. Findar um ciclo. Enxergar a oportunidade de um novo tempo.
Alguns ciclos parecem fáceis de iniciar. Quando nos casamos ou temos um filho, a princípio é como se um ciclo feliz se iniciasse. E realmente é. É gratificante. Porém, também exige alguns ajustes e algumas adaptações.
Brigas por sapatos fora do lugar. Entender que a toalha de banho deve ser pendurada e não deixada em cima da cama.
Inúmeras noites mal dormidas. Choros sem tradução.
Ciclos. Decisões.
Ciclo na vida pessoal, na vida profissional. Ciclos.
Períodos que se dividem em passado e futuro. Mas que nos ensina que o que importa mesmo, é o dia de hoje. O momento agora. Nada é garantia.
Amadurecimento.
Entramos na escola, e cada ano que passa uma nova etapa.
Entramos em um trabalho, começa aquele ciclo, saímos dele, inicia se outro.
Termina um ano, inicia outro.
Fazemos aniversários, ganhamos nova idade.
Aprendizados que devemos tirar. O que aquele ciclo trouxe de bom, o que me ajudará nessa nova fase?
Se um ciclo findou-se. Não há motivos para o desespero. Hora de colocar o cinto, por o pé no acelerador e andar pra frente. A ré só serve para nos lembrar de que aquele momento não existe mais. Na vida não há como voltar e mudar tudo.
Se um ciclo acaba é sinal que estamos preparados para um novo. Seja fácil ou difícil, é o momento de encarar. Deixar de iniciar um ciclo prolonga algo com prazo de validade vencida. E o que está vencido causa muito mais problemas do que soluções.
Desafios, que os ciclos nos colocam. Conceitos tolos querem nos desanimar. Esqueçamos-nos disso, temos capacidade.
Em meio aos ciclos, a filosofia das entidades anônimas cabe muito bem: SÓ POR HOJE...
VIVENDO UM DIA DE CADA VEZ.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

O Homem e a Mulher Contemporâneos


Dia desses li o texto da Ruth Manus  - “A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo que um homem NÃO quer”.

Li, reli e concordei com alguns pontos e discordei de outros.

Sou dessas mulheres que sai cedo de casa, trabalha, fiz faculdade, pós-graduação e ainda sim tenho filhos e marido.

Não acredito que a mulher perfeita de hoje seja aquela que trabalha e estuda muito (e prioriza apenas isso), usa saltos todos os dias. Porque isso me soa como uma opinião taxativa que uma mulher sucedida é essa bem vestida, que anda de terninho, salto alto e mal tem tempo para ser ela mesma. Parece até redundante.

Ser independente vai muito além de ter dinheiro, morar sozinha e conseguir pagar as contas. Já passei por isso e digo com toda a certeza de que ser independente é não depender de nada. Não sofrer de carência emocional, não se preocupar com a opinião alheia, estar satisfeita com o simples fato de que ás vezes a solidão é a melhor companhia.

Hoje vejo relatos de mulheres solteiras, aos 30 anos, incomodadas pelo fato de ter um emprego, um bom salário, serem bonitas e independentes e ainda sim estarem sozinhas. Pois é. Isso talvez não seja reflexo da educação errada dos homens, apenas.

O fato é que nós mulheres ocupamos cargos altos nos dias de hoje. Saímos de casa. Não somos mais domesticadas a sermos domésticas. Mas nos esqueceram de nos ensinar o nosso valor.

Temos tudo isso e ainda sim, achamos que ser gostosa, sarada e dormir com qualquer um sem correr o risco de engravidar por tantos meios contraceptivos existentes nos torna um tanto igual aos machos. Digo machos e não homens.

No mundo contemporâneo, da cultura TRIBALISTA, achamos um fato incrível “ser de todo mundo e não ser de ninguém”. E estamos todos ai. Homens e mulheres perguntando-se do por que estão sozinhos, solteiros (estar namorando virou status civil). Gostamos da liberdade que nos prende. A liberdade de poder beber, fazer o que quiser e nem sequer nos dar conta de que isso não é liberdade coisa alguma.

Eu acho incrível a independência. Sei fazer arroz, feijão, pratos simples, sofisticados e sobremesa. E não me incomodo com isso. Também sei lavar roupa, passar roupa e limpar a casa. Não me sinto diminuída por saber. Posso pagar alguém para fazer tudo isso por mim. Mas se não soubesse fazer, como seria independente na época das vacas magras? Ficaria sem comer, sem ter roupa limpa? 

Não isso não é tarefa só da mulher. Aliás, sou mãe de dois meninos. Um deles chegando agora na adolescência, cuida do seu quarto, da arrumação de sua cama, de algumas tarefas domésticas e irá aprender a cozinhar. Porque ele não terá a mamãe a vida toda fazendo por ele. Ele precisa aprender a se virar.

Em casa todos cuidam do lar. Somos uma equipe, uma família, temos um mesmo objetivo.
Ninguém dita regras, definimos as regras juntos.

Queremos um homem que entenda uma mulher com um currículo extenso. Mas somos tão complexas ao cobrar isso. Ao mesmo tempo, queremos homens gentis, que mandem flores e sejam românticos. Não temos paciência para ouvi-los falar sobre a “bolha imobiliária”.

Me irrita ficar ouvindo falar de dinheiro o tempo todo. Dessa necessidade de ser um status ambulante postando fotos de viagens, de baladas, de ser bem relacionada sem ter ninguém.

Será que nós mulheres estamos preparadas para o que nos tornamos?

Queremos ter um homem do lado para dividir a vida. Mas não queremos nem ao menos ter tempo para cuidar um do outro. 

Sou a favor de que enquanto um prepara o jantar o outro lava a louça. Não há nada mais gratificante do que um jantar em família, uma conversa boa e um vinho chileno.
Essa modernidade nos tornou feministas. 

Eu que me achava moderna por ter me casado cedo, separado ainda aos 21 anos de idade, ter morado sozinha, trabalhar, estudar, pós-graduar, casar de novo. Não sabia que era desnecessário ainda sim, ter minha parte feminina e delicada.

Cuidar da saúde, caminhar. Fazer exercício nos dará vida longa. O corpo em forma é apenas uma consequência disso. Não sou objeto para parecer uma vitrine ambulante.
Tenho hábito de ler, de ouvir música, de apreciar a cultura.

Mas nada disso me impediu de ter uma família, filhos e um marido.

A modernidade aqui anda confundindo a cabeça das pessoas. Posso ser moderna sem que isso me torne alienada nos padrões feministas ou machistas. 
Sem que tudo me incomode e me leve à depressão ou uma terapia intensiva a ponto de achar o meu próprio eu, perdida em tantas cobranças feitas por mim, pelos outros e por uma sociedade que nem ao menos sabemos qual é.

Se quisermos ter uma família, devemos ao menos saber como iniciar uma.
Sem que isso seja terceirizado.

Que saibamos cuidar dos filhos, do marido, da esposa. Sem achar que isso é perda de tempo.

Acho que não sou tão moderna quanto pensava.

Quero ser o que tenho vontade. E não o que esperam de mim.

Afinal isso não é ser independente?

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Ser alguém...



A difícil tarefa de ser alguém tem me feito pensar e repensar certos ensinamentos que tive e que passo aos meus filhos.

Cresci achando que “deveria estudar para ser alguém na vida”.

E como é difícil ser esse alguém. Se tudo se resumisse a apenas resolver Delta e Bhaskara. Como o mundo seria menos complexo.

Estudar abre portas. Mas pode até ser frustrante. Exige dedicação, certas horas de solidão e um desapego até mesmo a salários. Se for pensar no tanto que se investe em estudo para o tempo que isso acarreta em retorno... Talvez desistisse.

Ser  alguém não pode estar resumido a apenas estudar.

Ser alguém é tão mais profundo que isso.

Ser alguém... O que é ser alguém? Quando me sinto alguém?

Ser alguém vem do alicerce. É ser humano. É ter tudo para ser uma pessoa. É ter sentimentos que vão além do egoísmo, evoluindo-se ao altruísmo. 

É muito mais ser do que ter.

É pensar mais em ser pessoa do que ser status.

Talvez essa frase “estude para ser alguém” precise ser reformulada na educação de pai para filho.

A frase talvez seja algo parecido com isso “seja humano para ser alguém, estude, ame a si e ao próximo”.

Ser alguém não é apenas ter um diploma, é antes de tudo ser gente!
 
Repensando... Pensando...

Ser alguém...

Oh coisa difícil!


terça-feira, 27 de maio de 2014

Cada um luta com a arma que tem




Dia destes ouvi essa frase e fiquei pensativa. E confesso que um pouco revoltada.
Nasci de uma família bem humilde. Onde ter uma casa para morar já é artigo de luxo.
Aprendi com meus pais os valores mínimos para ser uma pessoa íntegra. E olha que é difícil viu!
Olho as pessoas no mundo corporativo, quanta falsidade e puxa-saquismo barato. Se eu depender disso para deslanchar em minha carreira profissional... xiii vou morrer no mesmo cargo. É estranho e complicado pensar que ás vezes o profissional que estuda e está qualificado, trabalha bem, se dedica, faz o seu melhor, não é reconhecido porque ele não faz do chefe um rei onde se cria a necessidade de reverência.
Quanta gente hipócrita bajula quem tem dinheiro, tendo uma amizade interesseira sem que haja algo verdadeiro nisso. Que mesquinhez! A amizade deve ser escolhida pelo que o outro é não pelo que tem. Relacionamentos sinceros não são conquistados a base de interesse. É preciso ter um desinteresse interessado. Desinteresse pelo que o outro tem, interesse em estar presente e ser pessoa. (ser pessoa e não objeto de troca, onde se perde o valor quando não se há proveito).
Gente trapaceira em competições. Gente trapaceira nos negócios. Gente trapaceira no que dá para trapacear. Gente da cultura do jeitinho brasileiro que reclama e faz igual a quem rouba, gente que vive se dando bem ás custas do outro.
Ás vezes a honestidade parece algo tão tola. Tão desnecessária e um tanto fútil, coisa de gente boba.
Falta honestidade no mundo corporativo, no relacionamento familiar, no mundo social.
Ser honesto nas pequenas coisas. Fazer o que é lícito. Por que parece tão difícil para as pessoas?
Quem nunca foi prejudicado por gente desonesta?
Quem nunca se sentiu trapaceado?
Quando me deparo com coisas desse tipo, me dá certo desconforto. E uma vontade de desanimar.
Não, a honestidade não pode ser tola. Tolo é quem se acha esperto sendo desonesto.
Não devemos possuir armas. Viver armado é permanecer amarrado a sua “própria condenação”. Escolha a paz, não a guerra.
Cada um luta com a arma que tem. Atinge com a munição que carrega.
Porém ser alvo da própria arma também faz parte.
Parece clichê, mas... A gente colhe o que planta!
É isso por hoje!