terça-feira, 29 de abril de 2014

Eu sou um resultado

Resultado de tudo que aprendi.
De tudo que vivi.
De tudo que sinto.
De tudo que li.
De tudo que ouvi.
De tudo que omiti.
De tudo que conheci.
Eu sou um resultado.
Positivo...negativo...finito...ou infinito.
Um resultado. Que devolve de acordo com o que chega.
Se algo ou alguém vem para somar: sou positiva.
Se algo ou alguém vem para me diminuir: dou-me o direito de ser um resultado que não vai somar menos com menos para dar um resultado ainda mais negativo, vou subtrair o ruim e continuar sendo eu.
 Sou finita. Tem algumas coisas que precisam de fim, de encerrar, do dolorido ponto final.
Sou infinita... ah para aqueles que amo, para o mundo...eu digo não vim aqui só de passagem!
Posso ser uma expressão completa. Aquela que tem gente ainda com dúvida por onde começar a resolver, se é dos parênteses, colchetes ou chaves... Complexa, sonhadora, teimosa.
E quer saber de uma coisa: eu sou um resultado.
E esse resultado ainda não chegou ao final.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Lealdade


Eu não costumo exigir muita coisa nos meus relacionamentos. Aliás, não exijo nada. 

Acredito que as pessoas que se relacionam comigo são livres para agirem da forma que quiserem. Não fico pedindo o que não podem dar. Amor, atenção, respeito, fidelidade são coisas que fazem parte da relação, não se exige.

Mas de uma coisa eu não abro mão: a lealdade.

A lealdade é o que faz permanecer qualquer que seja o grau de relacionamento que temos.
Seja de amizade, amoroso, familiar.

Lealdade exige que sejamos verdadeiros em nossa forma plena de estar junto do outro sem máscaras, meias verdades e meias mentiras (que não são nem uma coisa nem outra).

Não existe meia verdade ou meia mentira, ou se é inteiro ou não se é. 

Alguém já viu verdades em fatias? Mentiras em pedaços? Não! 

É preciso de um todo!

De ser um todo em tudo.

Quem é leal honra o relacionamento que tem.  É sincero, verdadeiro, é intenso.
Os relacionamentos cada vez mais estão baseados em omissões. Em mentiras. No “eu” e não no “outro”. Pensamos na nossa felicidade individual, mais que no bem comum. Mas somos desleais. E não somos felizes.

Somos desleais com os outros, conosco mesmo.

A lealdade traz confiança. E necessita de um grau de maturidade.

É estar disposto a ouvir o que não se quer. Aberto a ouvir e a dizer. É não ter medo de ser o que se é. É não se esconder em personagens. É um desafio.

E talvez mal interpretada e rara.

Lealdade volte para o mundo! Volte para os relacionamentos.

É melhor uma pessoa leal a nossa volta, do que uma multidão desleal.

Os desleais são os que nos derrubam nas circunstâncias oportunas, quando poucos realmente “sobram ao nosso lado”.

Seja leal. Seja diferente. Seja verdadeiro. Seja você o tempo todo!

Aprendamos com os cães que não abandonam seus donos em momento algum.

Que eu seja assim é o que peço hoje... Amém!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A Castidade...

Quando somos jovens (digo adolescentes), pensamos no momento.
Em curtir o que há para curtir. Em viver o que há para viver. Sem se preocupar com o amanhã.
Regras? Por que e para que elas existem?
Queremos quebrar todas as regras, ter o primeiro porre, a primeira experiência sexual, ter números.
Uma agenda cheia de contatos, certo tipo de status e popularidade. Se tivermos tudo isso, somos a mina ou o cara “foda”.
Mas com o passar do tempo, vamos percebendo que todas as regras existem porque são elas que nos trazem algo de bom.
Se compreendêssemos tão cedo e tivéssemos maturidade no momento que deveríamos ter, erraríamos menos.
Ouvindo o Tio Silvio, pude perceber que com o passar dos anos tenho virado cafona, atrasada e de certa forma conservadora. (Estou entendendo um pouco do que os antigos pensavam).
E mesmo não tendo vivido o que o Silvio disse, concordo com ele.
O excesso de liberdade, de libertinagem, traz um vazio enorme e uma praticidade na hora de dizer: acabou.
Quantas famílias sendo destruídas por falta de diálogo e paciência. Pela certeza de que há lá fora algo melhor do que dentro de casa.
Talvez esteja ai um dos pontos que não vivemos mais: a descoberta com a pessoa que vai nos acompanhar a vida toda.
Que pena!
Silvio Santos continuo sua fã!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Uma década...

Há exatamente uma década eu me vi mãe.
Tornei-me mãe, precisamente nove meses antes.
Tornei-me mãe quando meu corpo começou a dar sinais de que a barriga ia crescer.
Quando começaram as dúvidas e preocupações que ainda permanecem.
Ainda penso: Será que vou dar conta? Será que sou uma boa mãe? E acho que essa dúvida conviverá comigo até o fim da vida.
Tornei-me mãe quando entendi que não sabemos de nada. Não sabemos o que o filho vai ser quando crescer, qual serão suas escolhas, o que fazer em determinadas situações.
Tornei-me mãe quando entendi que a minha docilidade é capaz de se transformar e me mudar para uma leoa quando se trata de defender meu filho. Conheci um lado que nem eu sabia.
Aprendi que tenho que defender e lutar por um filho até o fim. Que a responsabilidade de ser mãe vai além de proporcionar lazer, roupa, sapato. Ser mãe tem a parte dolorida, a parte de educar. De dar limites.
Ter um filho é aprender o que é o amor na sua essência mais rica. É AMAR sem esperar nada em troca. É amar por amar. É amar antes mesmo de conhecer. É amar pelo que é.
É amar nos dias alegres, nos tristes, nas desobediências.
Eu fui mãe jovem. Quando muitos disseram que estava perdendo minha vida, que era uma burrada. Eu digo a essas pessoas: eu não trocaria nada pelo filho que tenho.
Não foi uma burrada, foi à escolha e a coisa mais certa que fiz.
Não me arrependo, mesmo! Não trocaria baladas, noitadas e tantas outras coisas fúteis pelo amor de um filho, pelo amor a um filho.
Sou extremamente feliz e realizada pelo dia que me vi mãe.
Pelo dia que o peguei no colo pela primeira vez e entendi que filho...ah um filho muda tudo.
Muda tudo para melhor.
Feliz melhor década da minha vida!
Parabéns ao meu filho lindo, saúde, sabedoria, amor, paz...e tantas outras coisas que tenho a desejar.
A mamãe te ama muito.
Antônio, dentre tantas coisas boas que a vida me proporcionou, ser mãe sem dúvida foi a melhor delas.
Feliz aniversário filho, parabéns para você! Alegria da minha vida!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O Egoísmo...

O egoísmo destrói o mundo, as relações, as pessoas.
O egoísmo nos faz ver apenas um lado: o nosso próprio interesse. Nos cega. É como um cabresto em um cavalo. Limita-nos a olhar apenas para uma direção.
Esquecemos-nos do outro.
Esquecemos-nos de fazer o outro feliz, de amar, de respeitar, de prover a paz.
Queremos guerra em cima de guerra.
Queremos impor que estamos sempre certos.
Ignoramos. Desrespeitamos. Deixamos de amar.
Amar o próximo é isso: deixar o egoísmo de lado.
Um egoísta jamais se coloca no lugar do outro, ele não pensa no bem comum.
Estou aprendendo isso, as pessoas são egoístas.
Eu posso estar sendo egoísta.
Mas quero aqui registrar o meu pedido: Deus tira o egoísmo da minha vida.
E olhe para os egoístas ao meu redor.
Que a paz me cerque. E que a guerra fique longe do meu coração, pensamento e atitudes.
Amém!
 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A culpa é de quem?

Logo que saiu nos noticiários o resultado da pesquisa do IPEA sobre Tolerância social à violência contra as mulheres,pensei em postar um texto. Cheguei a começar um.
Em meio a este assunto tão complexo, é preciso reflexão.
Se o tivesse feito, postaria com os nervos á flor da pele, no auge da minha vergonha e indignação do resultado de uma pesquisa que aborda um assunto tão triste, sério e frequente em nossa sociedade.
Tomei o cuidado de ler toda a pesquisa, o resumo das questões abordadas. Observei que ainda temos uma nação contraditória, confusa e que ainda é arcaica nos modelos machistas aos quais estamos sendo criados desde que Brasil é Brasil. Da época remota que me enoja. Que começou desde que mundo é mundo. Machismo burro, idiota e covarde.
Ainda temos uma sociedade que concorda que os “homens devem ser a cabeça do lar”. O que seria ser a cabeça do lar? O que pensa? O que paga as contas? 63,8% (totalmente ou parcialmente) dos entrevistados concordaram com isso. Em tempos modernos em que a mulher precisa trabalhar. Não porque financeiramente falando é o que as obriga. Trabalhar as tornaram pessoas que podem enxergar melhor a vida, o futuro. Trabalhar traz autoestima, traz conhecimento. Quem nunca percebeu a diferença de uma mulher que não sai de casa versus mulher que está inserida na sociedade de forma ativa? Não é só trabalhar. É estar envolvida no mundo.
Toda mulher sonha em se casar. Está ai uma colocação um tanto quanto perigosa. Vejo pessoas que vão chegando perto dos 30, se cobrando por não estarem casadas. Casar não é sonho. Casar é opção de vida. É saber que dia a dia terá uma batalha a vencer. A batalha do relacionamento a dois. É estar maduro para isso. Casamento não é obrigação na vida de ninguém. Casamento é antes de tudo, decisão de amar. Não acho que cobrar casamento das pessoas seja um tanto benéfico. Casar é ótimo, desde que não seja para não ficar para titia. Incrível perceber que 78,8% (totalmente ou parcialmente) concordam com essa ideia de sonho. Por isso vemos tantos divórcios, casa- se por obrigação. Já ouvi a frase “antes separada do que para titia”. Será mesmo?
Aos 27,2% (totalmente ou parcialmente) que concordaram que a mulher deve satisfazer o marido na cama, mesmo sem vontade. Fica a pergunta... A mulher é um ser ou um objeto?
Tem mulher que é pra casar, tem mulher que é pra cama. 54,9 % concordaram (totalmente ou parcialmente) com isso. Eu acredito que a questão correta não é essa, e sim: Tem pessoas que estão preparadas para casar, e outras não.
E isso independe de sexo.
O que acontece com o casal, não interessa aos outros. 81,9% concordaram (totalmente ou parcialmente). Sim, o que acontece não interessa mesmo: as conquistas, as alegrias, os problemas financeiros. Alguns egoísmos, outros assuntos necessário sigilo. Agora se a intenção é abordar a violência, interessa sim e muito a sociedade. Vamos esperar quantas mais morrerem para abrirmos a boca diante de uma covardia?
Em briga de marido e mulher, não se mete a colher. 78,7% concordaram (totalmente ou parcialmente). A roupa suja deve ser lavada em casa 89% concordaram (totalmente ou parcialmente). Casos de violência em casa devem ser discutidos em casa. 63% (totalmente ou parcialmente)  concordaram.
E ai a pesquisa se contradiz nas próximas questões: 85% (totalmente ou parcialmente) concordam que o casal deve se separar, quando há violência. E 91,4% (totalmente ou parcialmente) acreditam que homem que bate na esposa deve ir para a cadeia.
Grande é o tamanho desse problema social. Não dá para acreditar que não devemos meter a colher diante de uma violência e concordar que o homem que bate na esposa deve ir para a cadeia. Concordamos que devem ser punidos, mas ninguém quer denunciar... É isso? Continuamos calados em meio à violência doméstica. Esperamos que a iniciativa parta de quem está inserido no problema. Não queremos nos intrometer. E diante do nosso consentimento quantas pessoas perdem a vida, perdem a oportunidade de viver em vida?
É violência falar mentiras sobre uma mulher para os outros. 68 % (totalmente ou parcialmente)  concordaram. É mesmo uma violência e uma falta de caráter. Falta de decência.
E felizmente a maioria concorda que não dá para entender um homem que quebre, rasgue as coisas porque está nervoso com sua esposa. Certas desculpas são muletas para os erros enrustidos.
A mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar. Não pode ser verdade que a maioria da população pense assim! Não a mulher não gosta de apanhar, ela teme pela vida. Ela é ameaçada. Muitas vezes tem dentro de si a sensação de vergonha, de estar diminuída frente a tudo que acontece. Duvido alguém pensar assim, se a mulher agredida se tratasse de sua mãe. 65% concordaram (totalmente ou parcialmente) com isso.
Por fim, 26% concordaram (totalmente ou parcialmente) com a questão: mulheres que usam roupa curta merecem ser atacadas, 58,5% concordaram (totalmente ou parcialmente) que se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros. Aqui é o meu maior questionamento. O que é saber se comportar?
Criamos homens para comer, para pegar, para tudo, menos para respeitar. Fica uma dúvida e uma lacuna muito grande: estamos falando de seres humanos ou animais? É o instinto que manda no homem, ou o homem que manda no seu instinto? Afinal somos responsáveis pelos nossos atos. Vejo que o percentual ainda mostra uma sociedade machista que culpa a mulher por atos praticados pelo sexo masculino. Tiramos a culpa do agressor e colocamos na vítima.
O que é dar-se ao respeito? Saber se comportar?
Talvez as pessoas que pensam no comportamento da mulher, se esqueceram das bancas cheias de lixos pornográficos. Dos emails poluídos. Da mente perversa que acompanha a cabeça de homens que enxergam uma mulher nua mesmo estando vestida de burca. Isso não depende de comportamento feminino, isso vai muito além.
Vamos educar os homens para serem homens e não bichos. Muitos ao invés de pensar com a cabeça agem alegando que seus desejos são maiores do que sua própria capacidade de controlar-se.  Ainda temos uma sociedade que desconhece os valores de como é tratar um ser humano chamado mulher.
O caráter, uma pessoa, não pode ser definido pelo que se veste.
Enoja-me o machismo, o feminismo e o excesso de imposição em qualquer campo que seja.
Não temos que impor nada, precisamos de respeito e dignidade. Será que estamos formando cidadãos para isso?
A culpa é de quem?

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A complexidade de se colocar no lugar do outro

Você já pensou em como seria sua atitude se você estivesse no lugar inverso?
Ou como receberia o gesto que pratica se ele viesse de outra pessoa?
Ás vezes eu faço esse exercício. É um exercício um tanto que positivo, um tanto que fictício.
Ao mesmo tempo em que, podemos tentar nos colocar no lugar do outro. Nossa reação pode ser que não seria a mesma.
Porque cada um tem um jeito de ser e uma visão sobre as coisas.
Para alguns o i precisa ter pingo. Para outros não faz tanta diferença.
O que faz do mundo um mundo cheio de mundos particulares.
Cheios de mundos “eu”.
E ao mesmo tempo, muitas vezes se nos colocarmos no lugar do outro, podemos ao menos parar para refletir “e se”. E se fosse comigo, o que pensaria dessa pessoa?
Pode ser que nossa atitude para nós mesmos seja a melhor. Se olharmos com os olhos de fora e parar para analisar pode ser que a nossa atitude mostre exatamente o contrário do que pensamos ser.
Que complexo?!?
Por um mundo mais reflexivo e libertador: Reflita suas atitudes, mas se estiver convencido de que está certo, bata o pé. Afinal de contas, de gente morna o mundo está cheio. Ás vezes se você estivesse do outro lado, seria você mesmo e não o outro. Porque se colocar no lugar do outro, exige conhecer um mundo que não foi habitado por nenhum outro habitante. O mundo particular pertence a quem cria.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

As pessoas mentem...

As pessoas mentem: ponto.
Eu já menti. Provavelmente você já mentiu. Mentimos.
A mentira é sempre a pior escolha. É uma máscara nos relacionamentos. Na vida.
Deixamos de ser transparentes. Colocamos de lado o verdadeiro eu, o lado verdade das coisas.
Entretanto, ninguém gosta de ser enganado. Mentimos, mas não gostamos que mintam para nós.
É triste.
A mentira puxa outra mentira. Mentimos para cobrir mentiras.
E não sabemos depois o que é realidade. Horrível e complicado ciclo vicioso.
Mentimos e enganamos.
Enganamos os outros?
Talvez não. Enganamos a nós mesmos.
Enganamos-nos perante o outro, que faz uma imagem diferente do que somos. Pintamos e bordamos. Fingimos ser o que não somos.
Queremos parecer sem ser.
Aparecer nem que para isso utilize a fuga de realidade.
Mentira...mentir...mentimos...
Fugimos do mundo, do outro e de nós.
O mentiroso não tem dia, a mentira não tem dia. Ela tem vida, durabilidade e dor.
Que pena!