terça-feira, 27 de maio de 2014

Cada um luta com a arma que tem




Dia destes ouvi essa frase e fiquei pensativa. E confesso que um pouco revoltada.
Nasci de uma família bem humilde. Onde ter uma casa para morar já é artigo de luxo.
Aprendi com meus pais os valores mínimos para ser uma pessoa íntegra. E olha que é difícil viu!
Olho as pessoas no mundo corporativo, quanta falsidade e puxa-saquismo barato. Se eu depender disso para deslanchar em minha carreira profissional... xiii vou morrer no mesmo cargo. É estranho e complicado pensar que ás vezes o profissional que estuda e está qualificado, trabalha bem, se dedica, faz o seu melhor, não é reconhecido porque ele não faz do chefe um rei onde se cria a necessidade de reverência.
Quanta gente hipócrita bajula quem tem dinheiro, tendo uma amizade interesseira sem que haja algo verdadeiro nisso. Que mesquinhez! A amizade deve ser escolhida pelo que o outro é não pelo que tem. Relacionamentos sinceros não são conquistados a base de interesse. É preciso ter um desinteresse interessado. Desinteresse pelo que o outro tem, interesse em estar presente e ser pessoa. (ser pessoa e não objeto de troca, onde se perde o valor quando não se há proveito).
Gente trapaceira em competições. Gente trapaceira nos negócios. Gente trapaceira no que dá para trapacear. Gente da cultura do jeitinho brasileiro que reclama e faz igual a quem rouba, gente que vive se dando bem ás custas do outro.
Ás vezes a honestidade parece algo tão tola. Tão desnecessária e um tanto fútil, coisa de gente boba.
Falta honestidade no mundo corporativo, no relacionamento familiar, no mundo social.
Ser honesto nas pequenas coisas. Fazer o que é lícito. Por que parece tão difícil para as pessoas?
Quem nunca foi prejudicado por gente desonesta?
Quem nunca se sentiu trapaceado?
Quando me deparo com coisas desse tipo, me dá certo desconforto. E uma vontade de desanimar.
Não, a honestidade não pode ser tola. Tolo é quem se acha esperto sendo desonesto.
Não devemos possuir armas. Viver armado é permanecer amarrado a sua “própria condenação”. Escolha a paz, não a guerra.
Cada um luta com a arma que tem. Atinge com a munição que carrega.
Porém ser alvo da própria arma também faz parte.
Parece clichê, mas... A gente colhe o que planta!
É isso por hoje!