quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Era apenas um detalhe...

Ela estava ali, todos os dias. Fazia suas coisas sem perturbar. Não fazia barulho.
Fazia sempre da melhor forma.
Fazia por que gostava, por costume ou seria por amor?
O fato é que tudo era organizado, detalhe por detalhe.
De tanto fazer, virou obrigação.
E ninguém notava o valor de suas ações.
Até que um dia deixou de fazer. Não porque ela quis. Mas porque partiu.
E ficaram todas as coisas sem ela, tudo fora de lugar. O silêncio dela permanece agora em forma de ausência.
Agora notam que ela existiu.
Agora se perguntam: "-como não percebemos antes"?
O erro está onde:
Na pessoa que fazia tudo sem reclamar, e por isso viveu sem ser notada?
Nas pessoas que não a viam, e deixaram de reconhecê-la?
Qual destes foi o maior erro?
Esperar o reconhecimento, sem viver.
Ser reconhecido depois da morte, não traz felicidade.
E fazer tudo esperando o dia do reconhecimento chegar, pode ser que não chegue.
Não façamos tudo, façamos o que está ao nosso alcance. Não deixemos de viver por estarmos sendo sobrecarregados por coisas que passam e não ficam.
Plante coisas intangíveis, elas duram mais do que as tangíveis.
Uma casa limpa, suja. Já o amor, este é eterno.

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