segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A estabilidade confusa...

Na grande maioria dos sonhos, tudo o que queremos é que ele se realize e se torne estável.
Sonhamos com a tal estabilidade.
Seja estabilidade financeira, de relacionamento, de saúde.
O fato é que a estabilidade se inclui enrustidamente nos nossos sonhos.
E nos enganamos exatamente por isso.
Quando escolhemos uma profissão, pensamos na realização pessoal, no dinheiro que ganharemos e na estabilidade que teremos. Ás vezes não nessa ordem, ou ás vezes fazemos as escolhas sem analisar tudo isso.
Escolhemos nossos amigos, para que a amizade seja por toda uma vida. Cercada de sinceridade, de apoio, até mesmo de briguinhas bobas que faz com que tudo valha a pena.
Escolhemos nossos relacionamentos para que nos tragam segurança, que pode ser traduzida na vida estável que queremos.
Queremos um amor estável. E não estático. Confundimos estabilidade com a vida estática.
Amor que nos traga estabilidade mesmo quando o chão não existe. Estabilidade na forma de segurança.
“Estabilidade” nos traz a sensação de que não devemos mudar.
Não querer agir.
Conformismo com a zona de “conforto saudável”.
E descobrimos que nada é estável como queremos. Nada.
Nem a política, nem o nosso dinheiro, nem a saúde, nem as pessoas, nem mesmo nós.
E diante de todas as dúvidas que surgem para nos desestabilizar, crescemos.
Entendemos que as dúvidas existem para nos mostrar caminhos.
Caminhos que podem mudar o nosso eu, o nosso hoje e toda uma vida.
Estabilidade todo mundo quer, mas esquecemos de que tudo muda o tempo todo.
E que a estabilidade não pode se confundir com sermos estáticos.
Estabilidade é o par do discernimento, que nos ensina a nos tornar maduros diante das escolhas que nos trarão segurança.
Segurança... de que escolhemos o melhor!

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