terça-feira, 27 de agosto de 2013

Felicidade infeliz

Acho um pouco estranha a felicidade que se realiza sobre a infelicidade alheia.


Diria um tanto egoísta da parte da pessoa que comemora quando o outro está mal por algum problema.


É no mínimo terrível ver como as pessoas deixam de viver suas vidas para viver a vida alheia, acompanham a trajetória do outro e nessa deixam a própria vida para trás.


Vejo frases do tipo: encontrei uma amiga antiga e estou feliz, nossa minha vida está melhor que a dela. Ou: nada melhor ver que a ex ou o ex está feio (a), gordo (a), pobre...sei lá cada comemoração banal.


Sou do tipo que reza para que meus amigos, ex alguma coisa, ou qualquer pessoa que passe pela minha vida, estejam bem. Não porque sou o amor em pessoa. É porque aprendi desde cedo que devemos desejar o bem ao próximo.


Não é demagogia.


Sou do tipo que acredita que o bem que eu faço volta pra mim. E o mal também.


Não sou dona da minha vida ao ponto de saber o meu amanhã. Então hoje posso estar bem, rindo da desgraça dos outros e amanhã ser eu o alvo da risada. A vida dá voltas, o mundo é redondo e o tempo ensina.


Então diante disso, penso ser um tanto infeliz comemorar a desgraça do outro.


Uma pobreza sem fim. Pobreza de caráter, de espírito, de sensibilidade, de motivos reais de sorriso.


Eu heim!? Eu quero é ser feliz, com aquilo que tenho, com o que posso, com os meus sentimentos verdadeiros, de alma limpa, coração aberto, consciência tranqüila e paz de espírito!


Se para estar alegre é preciso que o outro seja triste, significa que a vida e o coração estão vazios. Vazios de amor, de sorrisos, de sentimentos.


Tem mais um problema nisso tudo: será que as pessoas que são desse tipo, são felizes de verdade?


Será?


Felicidade infeliz! Hipócrita e mesquinha.

Onde falta amor, falta tudo.




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