sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O FACEBOOK é meu?

Com a modernidade, até os mais velhos estão aderindo às redes sociais.
São vários fatores positivos, que contribuem para que os números de adeptos aumentem cada dia que passa.
Continuar mantendo contato com pessoas queridas, mais barato do que ligações interurbanas e ainda poder saber das novidades das pessoas. Algumas vezes motivos positivos, outras vezes desculpas para estarem ali, no mundo virtual.
Alguns dizem que possuem Facebook porque lá existem pessoas que não veem mais e é uma forma de manter contato. Mas o fato é que esse contato muitas vezes, não acontece. Ou melhor, se limita a acontecer duas vezes ao ano: no dia do aniversário destas pessoas. Se tiverem online mandam parabéns e se resume nisso.
Outros acham que a rede social funciona como um diário aberto. Publicam a vida toda. Como se todos os amigos ali adicionados acompanhassem a vida desta pessoa como uma novela. Postam o café, o almoço, o jantar e o que fazem no dia. Ficamos sabendo tudo, até a hora que tomam banho (menos claro os horários das necessidades número 1 e 2).
Existem as que têm mania de estrelismo, que pensam que todas as publicações, são para elas. Se sentem perseguidas. É como se a vida desta estrela fosse tão maravilhosa ao ponto de todos os amigos ou grande parte se comportarem como paparazzi ou com motivos para inveja, ciúmes entre outros problemas negativos.
Existem os discretos, mas não menos perigosos. Os discretos são os que estão ali no Facebook, só para xeretar a vida alheia. Logan de manhã, tarde e noite como se fosse o Facebook um jornal a ser apreciado. E aí geralmente quando estão em algum encontro com pessoas falam nossa você viu no Face... fulana está grávida, mudou de emprego, comprou carro novo, casou-se...terrível!
E ainda têm os que caçam encrenca. Ficam falando coisas para provocar outras pessoas. Ou citam outras pessoas em assuntos que com certeza vai dar “pano pra manga”. E ai o Face-encrenca fica parecendo lugar de lavar roupa suja, tipo “Casos de família”, no mesmo nível de baixaria que o da TV.
Muitos presentes nas redes sociais, não tomam conta da própria vida e têm a mania de autoafirmação. O Facebook é meu e eu posto o que eu quiser...coisas do tipo. Mas será que o Facebook é meu mesmo?
Se não quer que curtam, comentem, saibam da vida, porque é que está na rede social? Afinal se publica algo, é para o público que mesmo que seja selecionado, é um público.
Uma vez na internet, publicado, não sabemos o rumo que tudo pode tomar. Afinal existe o Print Screen. A memória. E a fama.
Uma vez falado, sempre alguém vai lembrar.
O Facebook muitas vezes pode mostrar um lado irreal da pessoa. Coisas que a pessoa finge ser e não é.
Não é porque tem mais de mil amigos no Facebook que é querido.
E nem todos que postam lindas frases filosóficas estilo Clarice Linspector, realmente leem.
Nem tudo que postam realmente praticam ou acreditam.
Coisas da modernidade.
Existem os que acham que carência se resolve na internet. Querem chamar atenção, dizer oi estou aqui, triste, sozinha, chateada, magoada, minha vida não está boa. Como se um psicólogo de plantão fosse resolver todas as angústias via on-line. Ou querem postar as conquistas, porque não devem ter com quem comemorar. Ficam se vangloriando, mas no fundo a vida está difícil para essas pessoas.
E os recalcados? Que tem a coragem de publicar na internet, mas pessoalmente...ah ai é outra história!
Existem os narradores. Que narram os programas que estão assistindo.
Existem os que partem e ficam. Tipo partiu ver novela...partiu alguma coisa. Eu não vi partir nada.
Têm os evangelizadores de mentira (pregam uma religião que muitas vezes nem frequentam), os chatos do futebol, os piadistas sem graça. Os que fingem que entendem de política e querem protestar, mas na hora da eleição xiii...não sabem nada.
Fora as pessoas que acham que o Facebook é local de convite, dar recados. E ai no aniversário ao invés de uma ligação, recebemos um bolo virtual. Triste.
Existem os que gostam de causar suspense, postam uma foto ou alguma frase dando a entender alguma novidade, mas no fundo, naquele instante, não tem nada para fazer, nem a dizer, nem nada de novo na vida.
Existem os amigos que curtem suas coisas, estão sempre marcando presença, ou até não fazem nada disso, mas estão ali fazendo volume. Só que quando encontra na rua...nem te reconhece!
E os que mentem o status de relacionamento? Fim de carreira, como se diz na gíria popular.
Algumas vezes as pessoas gostam tanto do que postam, que curtem e comentam seu próprio post.
Ainda sou a favor do barzinho, da boa conversa, de uma ligação para papear, de dar risadas sem que sejam a moda kkkkk.
Ainda acredito em relacionamentos presenciais.
O meu Facebook é uma rede social, em que todos inseridos participam, porque o dia que ele for meu de verdade, perdeu o sentindo. Se estou em um lugar público é porque quero ser uma figura pública. E espero postar coisas agradáveis e nas quais acredito.
Posso discordar de algum post, ás vezes entrar na moda da “Revista Caras dos pobres” – postar tudo da minha vida como se fosse famosa.
Mas, o dia que me causar estresse e pensar em deletar  todo mundo, ou até mesmo ficar discutindo problemas pessoais. Por favor: digam que estou chata e que devo “partir” e sair desse mundo virtual, que embora cansativo, ainda me faz ter contato com gente interessante.
Cada um usa o Facebook a sua maneira, mas entendam: se estão em uma rede social existe o público e nem sempre o público concorda com tudo. #ficaadica (é assim que usa o #?)
Alguns não sabem ter relacionamentos, outros não sabem ter Facebook.
Às vezes os pontos positivos que pensamos que uma rede social tem, são só desculpas para tornarem ainda mais superficiais os relacionamentos.

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