quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Politicamente correto... Será?

Houve um dia em que achei que pudesse agradar todo mundo.
Um dia que estava acreditando nessa filosofia do politicamente correto.
De que tenho que sempre agir de acordo com o figurino. Literalmente como o figurino manda não como o figurante quer.
E aí foi onde me estrepei.
Estrepei porque achava que poderia agradar a gregos e troianos. E que viver em cima do muro ás vezes parecia bom. Mas me esqueci do risco de estar em cima de um muro. De que poderia cair para qualquer lado, em qualquer momento.
Comecei a colecionar decepções, desilusões, mágoas. Porque me comportava como um ser nulo.
Na sua nulidade total. Nulidade porque era politicamente correta e não respondia a ninguém.
Também não falava minha opinião partidária, futebolística, sobre assuntos polêmicos. Fugia de debates, como o diabo foge da cruz. Porque em um debate, poderia expressar uma opinião que pudesse causar alguma divergência.
Fugia de conflitos. Fugia de problemas. FUGIA DA VIDA.
E me faziam de gato e sapato. E no quarto escuro me perguntava o por quê.
Seria a vida tão cruel assim?
Até que entendi. Não! A vida não está sendo cruel. Eu que estou permitindo que a seja.
E deixei a nulidade. A filosofia do politicamente correto.
Aprendi a responder, a impor, a me posicionar. E com isso cresci.
Aprendi que deixar de lado coisas e pessoas que me fazem mal, é sinal de amor próprio.
Aprendi que na vida existem as pessoas que gostam de você, as que fingem que gostam e as que não gostam mesmo. E as que fingem que gostam são piores do que as que declaradamente não gostam.
Colecionei alguns desafetos, outros desaforos.  E aprendi também que as pessoas que não gostam da gente, nos ensinam a não ser como elas. Não sofro mais por não agradar a todos.
E minha visão de mundo ficou clara.
Clara como a luz do sol. Não me entristeço mais por problemas que eu mesmo os crio. Não fico levantando a bandeira de que devemos ser sempre o que esperam de nós.
Temos que ser o que queremos.
Liguei o som alto... E ouvi, cantando junto com a música:
Um dia me disseram
que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
que os ventos as vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
como um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para o coração

[....]

Somos que podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão

E tudo ficou tão claro
o que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia um dia comum

[...]

Somos que podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram
que as nuvens não eram de algodão
um dia me disseram
que os ventos as vezes erram a direção

Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem

Somos que podemos ser
Sonhos que podemos ter

Nada como um bom rock!

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