sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tudo e nada.

Eu era tudo. Eu era nada.
Tudo dependia do ponto de vista de quem me enxergava.
Quando convinha, para as pessoas que precisavam de mim, eu era ótima.
Eram sorrisos, amizades, conversas, risadas.  Eu era tudo de bom porque era necessária.
Estava ali. Servia para alguma coisa.
De repente eu virei nada.
De repente precisei do afago, do carinho, da retribuição.
O interesse mudou. E tudo que achava ser, não o era.
O nada agora me torna desnecessária. Agora não interessa o que eu posso acrescentar.
Eu era tudo de bom? Não, eu era nada.
Era puro interesse. Interesse no que tenho, no que sou, no brilho que carrego.
Nada do que parecia ser, era real.
No meio disso tudo me pergunto: Eu era, eu sou, ou nunca fui?
Era eu mesma, no excesso e na ausência.
Eu continuo sendo o que sou.
Eu nunca fui o que vês.
O que mudou?

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